Léo ao Léu

  • Home
  • Quem & Sobre
  • Sites
  • Ao Léo na WWW
Home Archive for 2015
Tell me, dear Portuguese learner, are you feeling old? Do you find yourself constantly going back, perhaps ten or fifteen years ago, remembering 'The Old Times'? Are you already nostalgic on the age you had lived in your hometown, far away from these Tupiniquim lands? Tell me, are you going through that part of life in which the moment you face your new wrinkles in the mirror becomes the worst fraction of your routine? The very part in which the young Brazilian lads and ladies use words you can no longer comprehend and you feel you've lost the command over and by the language? Dear Portuguese learner, are you feeling bad for being old in Brazil already?




Well, if that's the case, I am here to help you. For I am a 18-year-old linguist, I can bring you back to the social prestige among the new generationers with a slammin' and also radical list of vocables that are widely employed nowadays by my equals. Shall we start?

I've made a post discussing the usage of Brazilian Portuguese in social media, you can view it here. This post, however, works for everyone, not just the young folks. 

Bora ['bɔ.ɾə]

This stands for "Let's go" or, when asked, "Shall we...?". It has a wide range of usage: from when you want to rush someone into getting out of the bathroom that you're urging to use, to when you want to invite someone on a date.

It probably comes from a contraction of Vamos embora ("Let's go away"). This clarifies the sense of invitation that this expression still carries. 
It's also possible to use it before a verb, as in:

A: Bora sair daqui.
A: Let's get away from here. 

Mina, mano, cara, pinta ['mi.nə, 'mə̃.nʊ, 'ka.ɾə, 'pĩⁿ.tə]

A young-ish word for "girl", similar to "chick". Some people use mino with the meaning of "boy", but that's not very common. What is actually used to describe a "guy" is cara and mano - both are interchangeable.
Pinta is a synonym for "person" or "people" that works for any gender. What defines the gender and number of this word is the pronoun you use before it.

Eaí/eaê [ja.'i]/[ja.'e]

I would definitely translate this as "What's up?". It's a very, very common way to say hello and simultaneously ask if there's something going on. Its most common variation is Daí/Daê. It appears also, especially in social media, without accent marks: eai, eae, dai, dae and, sometimes, with a w at the end, like eaew and daew.
It has its roots in the expression "E aí?" (which literally means "And there?" but stands for "What about you?"), a common question asked after responding to the old and good "Tudo bom?" to show some interest on the person who asked it. The reason why I write it without spaces is that nobody really uses it as if it were "and + there" anymore - it's crystallized into one expression with a single meaning.  

Rolê [ho'le]

It has basically two meanings:
  1. A group of friends that constantly or frequently go out together to eat, dance, drink and perhaps smoke marijuana. They probably have a whatsapp group in which they plan these events, which leads us to the next meaning:
  2. The act of going out to eat, dance, drink and perhaps smoke marijuana - not necessarily with your usual group of friends, though. This usually goes with the verb "dar" and "ter". As in: Dar um rolê = "to go out" and tem rolê/ vai ter rolê = "we're going out". 
It's important to use this word only in contexts where marijuana is tolerated, as it's not used by the uncool kids, if you know what I mean. You would probably be not well accepted if you used this among university professors or those conservatives who believe that marijuana is something immoral, indecent and blah-blah-blah.
Check some examples:

A1: Tem mina nesse rolê?

A2: Eaí, vai ter rolê hoje? 
A1: Is there any girl in this group of friends?
A2: Hey, are we going out today? 


Eita, Vish ['ej.tə, 'viʃ(ɪ)]

Usually expletives or empathetic marks of assurance. If something bad or surprising happen, people tend to automatically say these words. 
These are more accepted among any rolê. My French teacher, for instance, once said "Eita!" when she accidentally dropped everything that was in her desk in the middle of a class. 
You can also use these when you have nothing to add to the conversation and you feel empathetic towards the story  being told.  

A: E daí ele morreu.
B: Eita, que horror.
A: And then he died.
B: Eita, that's terrible.

Pira, Teto ['pi.ɾə, 'tɛ.tʊ]

We, youngsters, often gather to share our ideas. We usually talk about our feelings, art, movies, music and literature. And when we spread our thoughts in our rolês, we will certainly use teto or pira.  
These words stand for "idea", "conclusion" or even "epiphany" - but only when related to inner thoughts of someone or someone's work. They are very common in those contexts when people are under the influence of alcohol or marijuana.

Some examples may clarify:

"Cheguei numa pira ontem, preciso te contar!"
Lit.: I've came to a pira yesterday, I've got to tell you!
Fig.: I've had an insight yesterday, I've got to tell you!

"Que teto!"
Lit.: Such ceiling!
Fig.: Such idea! / What an idea! 

"O teto desse filme é que todas as pessoas morrem sozinhas."
Lit.: The ceiling of this movie is that every person dies alone.
Fig.: The main idea behind this movie is that every person dies alone.


Pode crer ['pɔ.d͡ʒɪ.'kɾe]

Literally "(You) can believe it.", but usually employed as a mark of agreement in the middle of a conversation. Like:

A: Já ouviu a nova música da Grimes?
B: Não, como é?
A: Tem um teto muito louco.
B: Pode crer, depois ouço.
A: Have you already listened to the new Grimes' song?
B: No, how's it?
A: It has a crazy idea in it.
B: I see, I'll listen to it later.


De boas [d͡ʒɪ'bo.ə]

A synonym for "fine" or "cool". It can be used to express wellness or agreement in every situation you would use bem or tudo bem. 

A: Eaí, de boas?
B: De boas, e aí?
A: Hey, how's it going?
B: Fine. What about you?
A: Vou pegar esse dinheiro aqui e comprar pão, OK?
B: De boas.
A: I'm going to take this money and buy some bread, OK?
B: Fine.

Well, that's it for today!

If you use the following text as a reference to your next conversations with native Brazilian speakers, I assure you they will have a different image of your language skills. And, please, don't thank me now, dear learner, await until the time you gain mastery over the practice of communicating with us - the youngsters. 

Tchau~

É comum generalizarmos ao criar ou transmitir conhecimento. Procuramos sempre formular um modelo que explique toda ou boa parte da realidade em questão e faça-a previsível, conforme nossos objetivos. O modelo atômico que vemos no ensino médio, por exemplo, é uma abstração da realidade que exclui muitos aspectos desnecessários (como o desdobramento de cada um dos componentes do átomo) para a compreensão exigida de um estudante de ensino médio. Ainda temos, nas aulas de literatura, períodos históricos estanques (arcadismo, romantismo, realismo, naturalismo etc.) que apesar de ajudarem a compreender a arte não passam de meras visões macro-generalizadoras (e por vezes grosseiras) do fenômeno em si. Quantas vezes não nos deparamos com poemas ou romances completamente alheios à estética nas quais se encontram inseridos segundo a academia? E isso não é necessariamente ruim. Tudo depende dos objetivos pelos quais se faz a generalização. O ensino de gramática, por sua vez, é sempre feito a partir dela. Afinal, um estudante comum não precisa saber desenvolver uma árvore de sintagmas para produzir um texto satisfatoriamente inteligível - é possível fazê-lo a partir de regras que generalizam e categorizam os componentes da língua. 
Enfim, a mais ou menos medida, generalizamos.
As generalizações não acontecem somente na escola. Na vida diária, utilizamos diversos conceitos gerais que excluem pormenores da realidade. Exemplo disto são os termos para orientação sexual. Todo mundo sabe que é difícil encontrar uma pessoa que se defina cem por cento homossexual ou heterossexual. Da mesma forma que uma pessoa bissexual não gosta obrigatoriamente da mesma maneira dos dois gêneros/sexos como sugere a definição de bissexualidade. A sexualidade humana é fluída e complexa - e mesmo assim fazemos uso de labels, de generalizações, para ela. 
Enfim, a mais ou menos medida, generalizamos também na vida diária.

Fotografia por Nirzar Pangarkar que mostra uma mulher sentada no campo com um caderno em mãos. Ela parece estar anotando, criando conhecimento, categorizando a natureza ao seu redor. Em outras palavras, ela está promovendo generalizações.

Por fim, generalizar não é estereotipar. Desconsiderando os propósitos geralmente desdenhosos pelos quais se cria um estereótipo, há ainda outra diferença a se observar entre os dois processos. Quando se cria um estereótipo, utiliza-se conhecimento limitado acerca do objeto a ser estereotipado. Diferentemente da generalização, que parte de experimentação, da argumentação, do conhecimento, do debruçar-se sobre o objeto de análise para então se extrair dele um modelo satisfatório.
Tomemos como exemplo o estereótipo do brasileiro como morador de um país predominantemente selvático e como falante nativo do espanhol. As pessoas que reproduzem tal estereótipo têm um conhecimento limitado no que diz respeito à América Latina, pois pensam que a língua espanhola é comum a todo continente. Elas também levam a presença da Amazônia no norte do país em conta para formular o estereótipo, preenchendo o resto do território brasileiro com matas - aí, novamente, está a marca do conhecimento que não é nulo, mas limitado e desinteressado, convencido de que o pouco é suficiente, acerca de algo. Uma investigação atenta ao povo e às vegetações do país revelaria que falamos português e que a nossa vegetação é muito mais diversa do que se pensava. Tal investigação, por outro lado, geraria modelos simples que não corresponderiam totalmente à realidade brasileira: a palavra "português brasileiro" abarcaria variantes linguísticas completamente distintas, como o português carioca e o português gaúcho; assim como a diversidade descrita pelos botânicos seria mais complexa do que as categorias "mata atlântica", "cerrado", "caatinga" e assim por diante.

Em resumo, o que quero dizer com este texto é que 1) generalizamos para produzir e reproduzir conhecimento e isso não é necessariamente ruim, 2) usamos generalizações todos os dias e 3) generalizar é diferente de estereotipar.

Perceber isso me deu novos olhares ao ensino e à escolarização. Escrevo sobre esses olhares qualquer outro dia...
Sempre que você se senta aí e toma o seu chá eu me pergunto se você tem consciência de que não é possível se ver.



Vejo quando você me olha por detrás da caneca. Vejo sua expressão quando  a levanta para sorver o chá e logo a pousa sob o porta-copos. Tenho uma imagem do que você é agora. As pessoas, em geral, sabem que você é você e mais ninguém. Você está aí na cadeira tomando chá, e me olha de vez em quando. Eu vejo você. O mundo vê você. Tenho certeza absoluta, contudo, que você não se vê. 

Sabe, creio que vivamos num cenário meio controverso. A gente cultua a nossa própria imagem. Amamos espelhos. Utilizamos muito a palavra "eu" - a mais recorrente na nossa língua. Tiramos selfies o tempo inteiro. Atualizamos nossas redes sociais (santuários individuais) todo dia e todo o dia. Somos bem eu. Bem egoístas. Gostamos de exibir nossa identidade e o quão únicos podemos ser. E no entanto, nunca nos alcançamos efetivamente. Nunca nos vemos. Você nunca se viu. Seu rosto - seu verdadeiro rosto - nunca foi visto pela pessoa mais interessada nele: você. 

É inútil analisar o espelho da cozinha. Você sabe que a imagem da pessoa sentada bebendo chá não é exatamente você. Uma coisa refletida é uma coisa refletida - e não o objeto que originou a reflexão. A inversão das dimensões horizontais faz a reflexão trair o objeto refletido. Sua direita se tornou sua esquerda e o que espelho mostra é diferente do que eu, aqui do outro lado da cozinha, vejo de você. Eu, sim, vejo o que você é. O reflexo só engana. É uma imitação barata em vidro. 

E o mesmo vale para qualquer outro tipo de representação que você pensou até agora ser sua. O monitor do computador desligado. Os vidros escuros nos prédios do centro. A câmera frontal do seu smartphone. Todos eles corrompem o que eu vejo. Cópias invertidas, distorcidas em cores, dimensões e proporções da realidade - do que eu vejo de você. Todas essas coisas afastam do seu alcance o que você realmente é para as pessoas. O cenário em que vivemos, onde o eu é o centro, torna-se no mínimo paradoxal. Vivemos para algo que nunca alcançamos.

Não, claro que as representações digitais não são o caminho para você se ver. Leve em conta até a câmera mais potente de todas. Uma máquina com alta capacidade de captura. É óbvio que ela tem de ser filmadora também, afinal, só um momento de você não é você na sua totalidade. Um milésimo de você levantando sua xícara é só um milésimo do todo. Algo tão distante do todo que nem vale a pena discorrer sobre. Enfim, filme-se com essa câmera. Você pode até desconsiderar que mesmo a câmera mais potente de todas não se equivale ao olho humano. Finjamos que a quantidade de cores e a proporção dos objetos vai ser mesmo capturada pela tal câmera. Mesmo assim, onde você irá reproduzir o vídeo que você gravou de si? Exatamente. Num telão? Que vai distorcer a imagem conforme o pano  que o compor e o ambiente em que for colocado? Numa tela de computador? Que vai comprimir você em pixels e submeter você ao contraste da tela? Não adianta. Qualquer tela eletrônica trairá o que eu vejo. De novo, são imitações baratas em vidro ou em lona.

Você nunca vai se ver. Conforme-se com isso. Os espelhos, as câmeras e os outros tipos de reflexos sempre vão trair o que eu vejo de você. Olhe agora para a sua mão direita, a que segura a caneca de chá. É o máximo que você vai ver de si. Movimente-a, leve-a para perto do seu inacessível rosto. Toque-o. Tateie-o. É o limite, o mais longe que você pode chegar do que eu vejo. Resigne-se à sua incapacidade de se ver de verdade. Você sempre será cego quando se trata de si. 
Liberar álbuns gratuitamente na rede é uma moda que vem de fora. Lembro-me quando, em 2007, Radiohead lançou o álbum In Rainbows na política "pague o quanto quiser". Você poderia baixar o álbum do site da banda pelo preço que bem entendesse, inclusive se o tal preço fosse zero. Foi um estouro.  E polêmicas acerca de distribuição de mídia digital surgiram juntamente com o sucesso do álbum, que ficou mais famoso por essa política do que por sua sonoridade.

When we're texting someone and we need to establish communication quickly, it's very likely that we'll use internet terms to compose our message, right? Well, that happens in every language, and here are some pro tips for using this kind of "digital" vocabulary in Portuguese!


Ah, nada como a estética.


Desde que comecei a estudar mandarim, escutar música chinesa tem sido um prazer útil pro meu aprendizado. É claro que escutar música em mandarim não ajuda com os tons... Mas mesmo assim vale a pena, as músicas me ajudam a fixar o que já aprendi e a me acostumar com a sonoridade da língua.

Quanto aos tons: pois é, apesar de chineses discordarem (eles insistem que os tons estão lá), tons nas músicas populares da China são basicamente ignorados. Por que você acha que todo santo vídeo de música chinesa tem legendas? Porque sem os tons, que são decisivos pra distinção de palavras no mandarim, fica difícil de entender - fazendo as legendas necessárias pra desfazer ambiguidades.

Bom, dentre meus artistas chineses favoritos, está Cao Fang (pronuncia-se "Tsao Fam"). Hoje vou fazer uma review de um álbum dela que eu adoro: 遇见我 ("yujian wo", encontre-me).



Não! Não, não e não! Essa postagem não vai ser sobre a dublagem da Pitty! 

Kitana concorda conosco. Representatividade importa!


Alô!
Alguém visita isso?
Duvido muito que se visitem, seja por minha causa~
De qualquer maneira, fica registrada aqui a nova fase do blog. Quero realmente postar algo pelo menos uma vez por mês neste ano. Mudei todo o visual e espero que isso me motive a continuar escrevendo!

Todas as postagens escritas antes de 2015 foram tornadas rascunho. Por quê? Bem, elas tinham poucas ou nenhuma visualização, creio que não tem sentido deixar conteúdo inútil por aí. Deixei somente as postagens que estão linkadas em outros sites e ainda geram visualizações.

Espero que este novo ano (novo? Risos, estamos em maio!) seja bom pra todo mundo. Nos vemos aqui no blog~

Au Revoir
Assinar: Postagens ( Atom )

Oi

turu bei

Inscreva-se!

Postagens
Atom
Postagens
Comentários
Atom
Comentários

Viajadas populares

  • Material para estudo autodidata do francês
  • Flavescit's guide to Maika's english
  • Tutorial UTAU: Usando português CVVC
Creative Commons BY-NC. Tecnologia do Blogger.

Arquivo disto~

  • ►  2018 (8)
    • ►  novembro (2)
    • ►  setembro (2)
    • ►  julho (3)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2017 (4)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  fevereiro (2)
  • ►  2016 (8)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (2)
  • ▼  2015 (9)
    • ▼  novembro (1)
      • We, Brazilian youngsters, and our new words
    • ►  agosto (2)
      • Generaliz-o-as-a-amos-ais-am
      • Você está aí e não se vê
    • ►  julho (1)
      • Música livre: artistas brasileiros que disponibili...
    • ►  junho (2)
      • A brief list of useful internet abbreviations and ...
      • Sobre Seapunk e Vaporwave
    • ►  maio (3)
      • Resenha ao Léu: Encontre-me, de Cao Fang
      • Representatividade e Mortal Kombat X
      • Léo ao Léu em 2015
  • ►  2014 (2)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
  • ►  2013 (4)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)

Viajadas Recentes

  • Tutorial UTAU: Usando português CVVC
  • Flavescit's guide to Maika's english

Flickr da Semana

Atribuição importa!

Licença Creative Commons
Léo ao Léu de Flavescit está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

As imagens que eu uso no blog inteiro pertencem à Gluta! Não a mim!

diHITT
Creative Commons 2016 Léo ao Léu.
Designed by OddThemes